O CEO da United Launch Alliance, rival da SpaceX, Tory Bruno, renunciou após 12 anos no cargo “para buscar outra oportunidade”, segundo a empresa.
“Somos gratos pelo serviço prestado por Tory à ULA e ao país, e agradecemos a ele por sua liderança”, disseram os presidentes da United Launch Alliance (ULA), Robert Lightfoot e Kay Sears, em um comunicado.
A demissão de Bruno ocorre num momento em que as novas empresas privadas de voos espaciais impulsionam cada vez mais o mercado de lançamentos. A SpaceX de Elon Musk aumentou dramaticamente sua cadência de lançamento nos últimos anos, e a Blue Origin de Jeff Bezos parece um jogador mais sério após as missões inaugurais mais bem-sucedidas do foguete de carga pesada New Glenn.
Agora com 20 anos, a ULA foi criada pela combinação dos negócios de lançamento espacial das empreiteiras de defesa Boeing e Lockheed Martin. A ULA foi a principal fornecedora da NASA e do Departamento de Defesa até que a SpaceX apareceu e começou a ganhar contratos.
Um dos maiores projetos de Bruno durante seu tempo na ULA foi supervisionar o desenvolvimento do foguete de próxima geração da joint venture, Vulcan. Esse projeto tinha dois objetivos principais: ajudar a ULA a acompanhar o ritmo da SpaceX e reduzir a dependência do governo dos EUA de foguetes russos para acessar o espaço.
A Vulcan aproveitou uma série de peças de programas anteriores de foguetes ULA, como Atlas e Delta, na tentativa de manter os custos baixos, embora tenha apostado na Blue Origin para fornecer os motores. O projeto sofreu vários atrasos antes de finalmente decolar pela primeira vez em 2024 – uma década inteira após o início do desenvolvimento.
Durante esse mesmo período, a SpaceX tornou-se o fornecedor de lançamentos espaciais mais dominante do mundo, ganhando contratos governamentais e assumindo inúmeras missões privadas.
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O foguete Vulcan da ULA encontrou clientes na Amazon (para seus satélites de internet Leo) e na startup espacial Astrobotic. E a empresa está procurando tornar os foguetes mais reutilizáveis, ou até mesmo lançar versões atualizadas que poderiam, teoricamente, levar cargas mais pesadas ao espaço.
“Foi um grande privilégio liderar a ULA em sua transformação e colocar o Vulcan em serviço. Meu trabalho aqui está concluído e estarei torcendo pela ULA”, disse Bruno em um post no X.
A ULA contratou seu diretor de operações, John Elbon, para atuar como CEO interino enquanto a empresa procura um substituto permanente.



