Os pesquisadores examinaram a mente de adolescentes aos 13 anos e novamente aos 15 usando EEG e fMRI, depois integraram exames de EEG e fMRI para criar uma tarefa de imagem mental mais intencional em cada idade. Pontuação de crédito: Emilio Valadez
Quando você é um jovem adulto, é muito fácil parecer que o mundo está aproveitando cada erro seu. Para algumas crianças, esse sentimento de autoconsciência descolora à medida que amadurecem. Para outros, transforma-se em ansiedade total.
Um novo estudo liderado por cientistas da Universidade de Letras, Artes e Ciências da USC Dornsife pode ajudar a explicar o porquê – e pode eventualmente tornar mais fácil detectar os adolescentes em maior risco antes que a ansiedade passe.
O estudo, divulgado na JAMA Network Open, descobriu que a integração de dois tipos de varreduras mentais pode antecipar muito melhor quais adolescentes têm maior probabilidade de sentir melhor ansiedade à medida que envelhecem. O trabalho lança uma nova luz sobre como a mente do adolescente responde aos erros e por que essas ações diferem de uma pessoa para outra.
Os adolescentes tornaram-se parte de uma pesquisa incomum de décadas financiada pelo Instituto Nacional de Saúde Mental e Bem-Estar, que examinou indivíduos desde a fase inicial da adolescência para descobrir como a personalidade precoce afeta o desenvolvimento da mente e a saúde e o bem-estar psicológico. Muitos foram reconhecidos desde cedo na vida como tendo o que os psicoterapeutas chamam de “personalidade medrosa” – uma tendência a responder com timidez ou com muito cuidado a novos indivíduos e circunstâncias. Embora se saiba que essa personalidade aumenta o risco de ansiedade mais tarde na vida, nem todas as crianças com ela criam ansiedade.
“Precisávamos saber por que algumas crianças criam ansiedade e outras não, mesmo quando compartilham atributos comparáveis na primeira infância”, disse Emilio Valadez, professor assistente de psicologia na USC Dornsife e autor principal do estudo. “Ao considerar como o cérebro refina os erros, queríamos encontrar pistas sobre o que é mais provável de combater a ansiedade à medida que ela se expande.”
Escaneando mentes de adolescentes para antecipar o risco de ansiedade
Para descobrir essas dicas, os cientistas pediram aos adolescentes que completassem um teste simples de sistema de computador desenvolvido para provocar pequenos erros – apertar o botão errado em resposta a uma rápida coleção de pontas de flecha. Enquanto funcionavam, a atividade cerebral dos adolescentes foi avaliada usando duas inovações: eletroencefalografia (EEG), que rastreia a atividade cerebral no tempo, e imagens de vibração magnética úteis (fMRI), que revelam onde essa tarefa ocorre no cérebro.
Cada técnica registra componentes da imagem. O EEG é extremamente rápido, mas desfocado na área, enquanto a fMRI é lenta, mas precisa.
O grupo examinou os adolescentes duas vezes, aos 13 anos e novamente aos 15, e criou um método único para fundir as informações de ambas as técnicas de imagem. Esta “combinação EEG-fMRI” ofereceu uma visão muito mais clara de como a mente responde aos erros e como esses padrões se transformam com o tempo.
“É como usar os olhos entre si para obter compreensão profunda”, disse Valadez. “Inesperadamente, a tarefa da mente ganha uma ênfase muito mais clara.”
Informações combinadas da mente do adolescente que são maiores do que a quantidade de suas partes
Quando os cientistas avaliaram os dados, descobriram que o EEG ou o fMRI por si só não faziam muito para antecipar mudanças na ansiedade. No entanto, quando integraram ambos, os resultados se destacaram.
Os dados integrados discutiram cerca de 25% das diferenças na forma como os níveis de ansiedade dos adolescentes evoluíram entre os 13 e os 15 anos, permitindo previsões muito mais poderosas do que as que podem ser feitas exclusivamente a partir dos seus níveis iniciais de personalidade, idade, sexo e ansiedade.
“Isso foi realmente um choque”, afirmou Valadez. “Esperávamos possivelmente 5 ou 10%. Mas 25% é um grande salto. Na verdade, acreditei que tinha cometido um erro inicialmente.”
A pesquisa também descobriu que a personalidade inicial de um adolescente mudou a forma como certas regiões mentais estavam associadas à ansiedade posterior. Para os adolescentes que eram extremamente relutantes ou cautelosos quando crianças, ainda mais tarefas em uma área – o antigo córtex cingulado dorsal, que ajuda o cérebro a detectar erros e perigos potenciais – previam maior ansiedade no futuro. Mas outra área, o córtex cingulado posterior, parecia ter um resultado seguro: adolescentes com personalidades medrosas que revelaram mais desenvolvimento no trabalho desta área ao longo do tempo tendem a ser menos propensos a ficarem nervosos.
Em termos mais simples, a maneira como o cérebro responde aos erros – e como essa reação progride durante uma janela artificial na adolescência – aparece como resultado, quer a ansiedade melhore ou piore.
A imagem dupla pode significar assistência mais precoce para adolescentes nervosos
As pesquisas sugerem que os pesquisadores poderão algum dia usar imagens mentais para determinar melhor quais adolescentes correm maior risco de problemas de ansiedade antes que os sinais e sintomas apareçam totalmente. Isso abrirá acesso a terapias anteriores e ainda mais personalizadas.
“Esta pesquisa não tem efeitos diários imediatos para os membros da família”, afirmou Valadez. “Mas é um passo no sentido de sermos capazes de antecipar riscos de ansiedade anteriormente, o que pode eventualmente nos ajudar a proteger contra problemas de saúde mental antes que eles comecem”.
O estudo também enfatiza o valor da integração de vários dispositivos de imagem mental.
“Nenhum dispositivo solitário pode contar toda a história”, afirmou Valadez. “Quando incorporamos informações em todos os métodos, podemos obter uma compreensão mais completa de como o cérebro mantém a saúde e o bem-estar psicológico.”
Olhando com antecedência, Valadez e seu grupo pretendem descobrir se previsões semelhantes podem ser feitas no passado – provavelmente quando as crianças têm apenas 8 ou 9 anos de idade – e se outras características do cérebro, como memória ou concentração, poderiam ajudar a esclarecer o risco de ansiedade.
“O objetivo principal”, afirmou Valadez, “é revisar a história da mente com antecedência suficiente para entender quais crianças podem precisar de assistência adicional, e fornecer essa assistência antes que a ansiedade acabe sendo uma batalha duradoura”.
Mais detalhes:. Emilio Alejandro Valadez et alia, Integrating Multimodal Neuroimaging of Mistake Checking to Quote Future Ansiousness in Teenagers, JAMA Network Open (2025). DOI: 10.1001/ jamanetworkopen.2025.39133.
. Oferecido por. Faculdade do Sul do Golden State.
Citação:. A integração de duas varreduras mentais revela dicas ocultas sobre a ansiedade do futuro adolescente (2025, 26 de outubro). obtido em 26 de outubro de 2025. em https://medicalxpress.com/news/2025-10-combining-brain-scans-uncovers-hidden.html.
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