Rio de Janeiro: Pelo menos 64 pessoas foram mortas na operação policial mais mortal de todos os tempos no Rio de Janeiro, que teve como alvo uma grande gangue dias antes de a cidade sediar eventos relacionados à cúpula climática COP30 das Nações Unidas.
O governador do estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, disse aos repórteres que o número de mortos, que incluiu quatro policiais, pode aumentar à medida que a operação estiver em andamento. As autoridades disseram que 81 pessoas foram presas e 42 rifles foram apreendidos durante a operação.
As consequências da operação policial na favela do Complexo do Alemão, no Rio.Crédito: PA
Castro disse que o número de mortos foi mais que o dobro da operação policial anterior mais mortal do Rio.
“Permanecemos firmes no confronto com o narcoterrorismo”, escreveu Castro nas redes sociais. Ele disse que a operação envolveu 2.500 seguranças nos complexos de favelas do Alemão e da Penha, próximos ao aeroporto internacional da cidade.
O governo do estado disse que criminosos usaram drones para atacar policiais no complexo da Penha, compartilhando no X um vídeo do que parecia ser um drone disparando um projétil do céu.
A polícia conduziu frequentemente operações em grande escala contra grupos criminosos antes dos grandes eventos no Rio, que acolheu os Jogos Olímpicos de 2016, a cimeira do G20 de 2024 e a cimeira dos BRICS em Julho.
A polícia passa por um carro queimado usado como barreira na favela do Complexo do Alemão. Crédito: PA
Na próxima semana, o Rio sediará a cúpula global C40 de prefeitos que enfrentam as mudanças climáticas e o Prêmio Earthshot do Príncipe William, que contará com celebridades como a estrela pop Kylie Minogue e o tetracampeão mundial de Fórmula 1 Sebastian Vettel.
A programação faz parte dos preparativos para a COP30, a cúpula climática das Nações Unidas, realizada na cidade amazônica de Belém, de 10 a 21 de novembro.



