Um incêndio se espalhou por pavilhões usados para negociações climáticas da ONU em Brasil e provocou evacuações no penúltimo dia da conferência, mas ninguém ficou ferido, disseram as autoridades.
Os organizadores disseram que o incêndio estava sob controle e não causou feridos, mas os bombeiros ordenaram a evacuação de todo o local para a conferência, conhecida como COP30, e não estava claro quando as negociações seriam retomadas.
O ministro do Turismo do Brasil, Celso Sabino, disse aos jornalistas presentes no local que o incêndio começou perto do Pavilhão da China, que estava entre os vários pavilhões montados para eventos à margem das negociações climáticas.
Neste quadro do vídeo fornecido por Catherine Ellis, chamas envolvem pavilhões na Cúpula do Clima da ONU COP30 em Belém, Brasil. (AP)
O incêndio rapidamente se espalhou para os pavilhões vizinhos, disse Samuel Rubin, um dos responsáveis por um pavilhão de entretenimento e cultura. Ele disse que os pavilhões próximos incluem muitos dos pavilhões de África e um destinado aos jovens.
O vídeo mostrou enormes chamas em um dos pavilhões, que são estruturas reforçadas de lona ou tecido que normalmente têm três paredes e um piso.
O governador do Pará, Helder Barbalho, disse ao meio de comunicação local G1 que uma falha no gerador ou um curto-circuito em uma cabine pode ter iniciado o incêndio.
Um defeito no gerador pode ter iniciado o incêndio. (AP)
Grande parte do local da cúpula em Belém ainda estava em construção até a abertura da conferência, com vigas expostas, pisos abertos de madeira compensada e corredores metálicos que não levavam a lugar nenhum fora do centro de convenções.
Durante um evento pré-cimeira, perfurações e britadeiras puderam ser ouvidas enquanto os líderes mundiais faziam discursos e dezenas de trabalhadores com capacetes de segurança corriam em torno de pavilhões inacabados envoltos em plástico.
Gabi Andrade, voluntária da COP30 da cidade-sede Belém, disse que tem trabalhado nos credenciamentos da conferência nas últimas três semanas.
Os participantes saem do prédio. (AP)
Quinta-feira foi sua primeira tarde livre e ela tinha acabado de sair do horário de almoço e estava explorando o pavilhão de Cingapura quando o incêndio começou.
Ela disse que viu fumaça preta. Um segurança agarrou sua mão e mostrou-lhe a saída enquanto ela chorava e gritava “fogo”.
Apesar do choque da situação, ela se preocupou com o que isso significaria para a reputação brasileira, ao sediar as negociações. “É muito triste para nós”, disse ela. “Todos nós trabalhamos muito.”



