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Família da menina assassinada deixa o tribunal enquanto os jurados veem fotos de uma criança de 12 anos morta no porta-malas

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Família da menina assassinada deixa o tribunal enquanto os jurados veem fotos de uma criança de 12 anos morta no porta-malas

A família de Lola Daviet, uma menina de 12 anos que foi torturada, estuprada e assassinada na França, saiu do tribunal depois que os jurados viram imagens horríveis de seu corpo brutalizado.

Três anos após a morte chocante da estudante, o tão esperado julgamento contra Dahbia Benkired, uma migrante argelina que vive ilegalmente em Paris, começou na sexta-feira.

O morador de rua Benkired, 27 anos, é acusado de atrair a jovem para o apartamento de sua irmã, onde os pais de Lola trabalhavam como cuidadores.

Os investigadores alegam que Benkired agrediu sexualmente Lola, bateu nela com uma tesoura e um estilete, antes de amarrá-la com fita adesiva, inclusive em volta do rosto, causando sua morte por asfixia.

O corpo nu da estudante foi então enfiado em um baú de plástico e jogado na rua em frente ao local de trabalho de seus pais, onde foi encontrado mais tarde.

A família de Lola Daviet, uma menina de 12 anos que foi assassinada na França, saiu do tribunal depois que os jurados viram imagens horríveis de seu corpo brutalizado. Facebook/Delphine Daviet

Delphine Daviet, mãe de Lola, chega ao Tribunal de Justiça de Paris para o julgamento de Dahbia Benkired. Hans Lucas/AFP via Getty Images

Quando o processo judicial começou, Benkired teria pedido perdão, relata France 24.

“Peço desculpas a toda a família”, disse Benkired em tom monótono. “É horrível o que fiz. Me arrependo.”

O juiz decidiu que ela era competente para ser julgada.

No entanto, a natureza horrível e gráfica das provas foi supostamente demais para a família de Lola, com vários meios de comunicação afirmando que sua mãe, Delphine, teve que abandonar o tribunal, pois imagens horríveis de sua filha foram mostradas ao Tribunal de Justiça, um tribunal criminal que julga os crimes mais graves na França.

Vários vídeos assustadores também foram mostrados, incluindo imagens de segurança que mostravam Benkired se aproximando da menina quando ela voltava da escola, antes de conduzi-la para o prédio às 15h11, relata o Le Parisien.

Uma hora e meia depois, às 16h59, a mesma câmera CCTV captura Benkired saindo do prédio com duas malas rosa, usando uma delas para bloquear a porta.

O acusado, que entretanto havia trocado de roupa, voltou para pegar um baú preto e arrastou-o com dificuldade pelo corredor.

Advogado de Dahbia Benkire. JEANNE ACCORSINI/SIPA/Shutterstock

Vários moradores do prédio relataram ter visto Benkired no saguão do complexo de apartamentos, carregando malas e um baú pesado coberto por um cobertor. Um até segurou a porta aberta para ela.

Um investigador que testemunhou que Benkired supostamente confessou ter matado Lola durante seu primeiro interrogatório, relata a People.

O julgamento de Benkired foi descrito como “altamente aguardado” em meio a um cenário político tenso, onde o caso em torno do argelino (nativo) se tornou motivo político de extrema direita, de acordo com o Huffington Post.

A câmera CCTV captura Benkired recuperando um baú preto e arrastando-o pelo corredor depois de levar Daviet para o prédio. Facebook/Delphine Daviet

Delphine pediu que a morte da filha fosse mantida fora do debate político em torno da imigração.

No tribunal, a família de Lola usou camisetas brancas com o desenho da adolescente, sendo que seu irmão Thibault foi convidado a falar diretamente com Dahbia Benkired.

“Em nome de toda a família”, incluindo o pai dela, falecido em 2024, “gostaríamos que contasse toda a verdade e nada mais que a verdade, a toda a França e a nós”, disse ele, segundo a BFMTV.

Benkired, que pode pegar prisão perpétua se for condenado, será julgado por seis dias.

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