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Esta é a melhor quantidade de plantas de interior para o bem-estar – e quanto é demais

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Esta é a melhor quantidade de plantas de interior para o bem-estar – e quanto é demais

Sua selva interna pode estar deixando você exausto.

As plantas de casa são celebradas há muito tempo por seus amplos benefícios à saúde, desde melhorar o humor e aliviar a fadiga até aumentar a tolerância à dor e até mesmo ajudar o corpo a se recuperar mais rapidamente.

Mas um novo estudo da Universidade de Stanford sugere que o excesso de vegetação pode sair pela culatra, transformando o que deveria ser um oásis calmante numa fonte de stress.

De hospitais a escritórios, de salas de aula a instalações de vida assistida, as plantas de interior estão deixando sua marca. Yakobchuk Olena – stock.adobe.com

As descobertas lançam uma nova luz sobre uma prática que remonta a milênios. Há cinco mil anos, os antigos egípcios e sumérios já decoravam suas casas com vasos de samambaias e palmeiras.

Avançando até hoje, a mania das plantas domésticas está crescendo, alimentada em grande parte pelos Millennials e pela Geração Z.

Pesquisas sugerem que dois terços dos lares americanos agora ostentam pelo menos uma planta de interior, e uma em cada três pessoas com menos de 40 anos se autodenomina orgulhosamente “pai da planta”.

Curiosos sobre a “dose” perfeita de natureza interna, os pesquisadores de Stanford desenvolveram a ferramenta Nature View Potential.

O software mede a quantidade de vegetação que você realmente vê dentro de uma sala. Imagine raios saindo de seus olhos, atingindo todas as folhas, painéis de madeira e janelas.

“A ferramenta calcula quantos desses raios que vêm dos seus olhos estão vendo elementos naturais”, disse Eva Bianchi, principal autora do estudo e criadora da ferramenta, em um comunicado à imprensa.

Os pesquisadores esperam que os designers possam usar o equilíbrio ideal das plantas de interior para maximizar seus benefícios. Yakobchuk Olena – stock.adobe.com

Usando a ferramenta junto com a modelagem 3D, a equipe criou 11 salas de conferência digitais com diferentes quantidades de vegetação interna. Eles inscreveram 412 voluntários e os distribuíram aleatoriamente pelas salas.

Os participantes foram instruídos a tratar a sala como seu novo local de trabalho e a realizar uma série de tarefas de desenvolvimento profissional. Antes de começar, eles preencheram um questionário medindo diferentes aspectos do seu bem-estar.

Depois, os investigadores introduziram discretamente factores de stress para ver se a vegetação ajudava a aliviar a tensão. As tarefas incluíam resolver anagramas difíceis e fazer uma contagem regressiva de 1.022 a zero em incrementos de 13.

Para aumentar a pressão, Bianchi disse aos participantes que eles tinham pontuações abaixo da média e não seriam pagos antes de preencherem novamente o questionário de bem-estar. Felizmente, todos os participantes foram pagos no final.

O estudo descobriu que o ponto ideal para a vegetação interior era de cerca de 20%, o que deu aos participantes o maior impulso na percepção de restauração e no sentimento de pertença.

Em termos práticos, é como olhar ao redor de uma sala e avistar plantas cerca de um quinto das vezes. Em um espaço de 13 metros quadrados, que se traduzia em 17 plantas, além de uma janela com vista para as copas das árvores, disse Bianchi à Newsweek.

“Qualquer natureza ajuda, mas se você realmente quer ver uma melhoria, você tem que chegar perto desse valor”, disse Sarah Billington, autora sênior do estudo.

Mas numa sala repleta de vegetação – incluindo plantas suspensas, uma parede viva e um teto de madeira – os níveis de stress dos participantes aumentaram.

“Eu não esperava por isso”, disse Bianchi. “Cerca de 60% do total de vegetação e madeira tiveram o maior aumento de tensão, o que foi contraditório com trabalhos anteriores.”

Embora a vegetação interna possa aliviar o estresse, ter muitas plantas domésticas pode impactar negativamente a saúde mental. tol_u4f – stock.adobe.com

Os pesquisadores suspeitam que muita natureza pode sobrecarregar as pessoas dentro de casa. Alguns participantes até escreveram que a sala tinha “muitas plantas” e era “provavelmente um pesadelo tentar fazer alguma coisa”.

O estudo também descobriu que a chave não eram apenas as plantas – era sentir-se conectado a elas. Aqueles que se sentiram em sintonia com a vegetação colheram mais benefícios mentais e físicos, enquanto outros viram poucos efeitos.

“Você não coloca apenas um monte de natureza dentro do espaço”, disse Bianchi. “Você garante que a natureza que você está colocando dentro do espaço fará com que os ocupantes se sintam conectados com a natureza.”

Olhando para o futuro, os pesquisadores esperam que a ferramenta Nature View Potential possa agora ajudar os designers a ajustar a vegetação interna para que cada ambiente atinja aquele ponto ideal de conforto e calma.

As descobertas surgem no momento em que as plantas de interior são cada vez mais utilizadas para melhorar a saúde e o bem-estar em diversos ambientes.

Nos escritórios, estudos descobriram que as plantas de interior podem aumentar a produtividade em até 15%, além de reduzir o stress, a tensão e a sensação de depressão.

Nas salas de aula, os alunos rodeados de plantas tendem a ter concentração, foco e notas mais altas nos testes.

Entretanto, nos hospitais, os pacientes recuperam mais rapidamente da cirurgia, tomam menos analgésicos e recebem alta mais cedo quando os seus quartos incluem vegetação.

Mesmo em instalações de vida assistida, foi demonstrado que a incorporação de plantas na vida diária levanta o ânimo e cria um ambiente mais calmo e positivo.

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