A Delta Airlines reconheceu na quarta-feira que prejudicou o veterano da Marinha com pernas protéticas, que disse ter sido forçado por uma tripulação a se mover de um assento na saída de emergência, desencadeando um processo esta semana.
A companhia aérea emitiu um mea culpa dois dias depois de Matias Ferreira, agora policial do condado de Suffolk, ter acusado a empresa em documentos legais de discriminá-lo antes da decolagem de um voo em maio do aeroporto JFK para Atlanta por ser duplamente amputado.
A Delta disse em um comunicado – também dois dias depois que o Post solicitou comentários – que “pediu desculpas diretamente” ao panfleto e tomou outras medidas para resolver a situação. Ele se recusou a opinar sobre a ação legal.
Matias Ferreira é veterinário da Marinha e atual policial de Long Island. Facebook/Matias Ferreira
“A Delta tem um histórico de décadas de defesa de viagens acessíveis para todos e de ouvir a comunidade por meio de nosso Conselho Consultivo sobre Deficiência e Viagens Acessíveis”, enviou um porta-voz da companhia aérea por e-mail.
“É por isso que analisamos imediatamente esta situação, pedimos desculpas diretamente ao cliente, emitimos um reembolso e uma compensação e tomamos as ações corretivas apropriadas internamente. Responderemos ao litígio no devido tempo.”
Ferreira, que perdeu as pernas ao pisar em um IED enquanto servia o país no Afeganistão em 2011, disse em entrevista na segunda-feira que normalmente reserva um assento na fila de saída para ter espaço extra para as pernas e nunca teve problemas para ficar sentado ali até embarcar no voo da Delta em maio.
A tripulação do avião deveria perguntar aos passageiros sentados na fila de emergência se eles podem entrar em ação em caso de problema com o voo, mas Ferreira, que estava de bermuda, afirmou que um comissário lhe pediu para mudar de lugar.
Um capitão também apoiou o pedido, e Ferreira, 36, mudou-se sem incidentes, segundo a ação. Mesmo assim, o casado e pai de dois filhos disse que ficou atordoado e envergonhado.
Ele perdeu as pernas em 2011, mas agora é um corajoso policial do condado de Suffolk. Cortesia de Matias Ferreira
Seu advogado, Norman Steiner, enviou uma carta ao The Post esta semana mostrando que a Delta escreveu para Ferreira cerca de duas semanas após o voo e pediu desculpas a ele.
“Para esclarecimento, os passageiros que usam próteses não estão proibidos de sentar na fila de saída”, afirma a carta.
Ferreira diz que o incidente de maio deu origem ao processo. Facebook/Matias Ferreira
“Desde que o passageiro comunique verbalmente a sua vontade e capacidade de ajudar numa evacuação caso seja necessário, o passageiro deverá ser autorizado a permanecer na fila de saída.”
A ação judicial movida na Suprema Corte do estado do Queens busca indenização por danos não especificados, mas Steiner e Ferreira disseram que querem garantir que a experiência de Ferreira não se repita.
“Eu senti que era visto como um risco, não como um fuzileiro naval dos Estados Unidos, não como um policial, não como um pai de dois filhos, não como uma pessoa que joga golfe, salta de paraquedas, atira e faz todo tipo de coisa”, disse Ferreira na segunda-feira.



