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Cientistas colombianos recuperam canhão, moedas e xícara de porcelana de naufrágio espanhol de 300 anos

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Cientistas colombianos recuperam canhão, moedas e xícara de porcelana de naufrágio espanhol de 300 anos

Um canhão, três moedas e uma xícara de porcelana estavam entre os primeiros objetos que cientistas colombianos recuperaram das profundezas do Mar do Caribe, onde o mítico galeão espanhol San José afundou em 1708 após ser atacado por uma frota inglesa, disseram autoridades nesta quinta-feira.

A recuperação faz parte de uma investigação científica que o governo autorizou no ano passado para estudar os destroços e as causas do naufrágio.

Pesquisadores colombianos localizaram o galeão em 2015, gerando disputas jurídicas e diplomáticas. Sua localização exata é segredo de estado.

O presidente colombiano, Gustavo Petro, olha para um canhão recuperado do naufrágio do galeão San Jose, no Mar do Caribe colombiano, em 19 de novembro de 2025. Presidência Colombiana/AFP via Getty Images

Acredita-se que o navio contenha 11 milhões de moedas de ouro e prata, esmeraldas e outras cargas preciosas provenientes das colónias controladas pelos espanhóis, que poderão valer milhares de milhões de dólares se alguma vez forem recuperadas.

O governo do presidente Gustavo Petro disse que o objetivo da expedição em águas profundas é a pesquisa e não a apreensão do tesouro.

O Ministério da Cultura da Colômbia informou em comunicado quinta-feira que o canhão, as moedas e a xícara de porcelana passarão por um processo de conservação em um laboratório dedicado à expedição.

Os destroços estão a quase 600 metros de profundidade no mar.

A teoria predominante é que uma explosão fez com que o galeão de três mastros e 62 canhões afundasse após ser emboscado por um esquadrão inglês.

Mas o governo da Colômbia sugeriu que poderia ter afundado por outras razões, incluindo danos no casco.

Três moedas de ouro estiveram entre os primeiros objetos recuperados do naufrágio no Mar do Caribe. Direção Geral Marítima da Colômbia (DIMAR)/AFP via Getty Images

O Ministério da Cultura da Colômbia informou em comunicado quinta-feira que o canhão, as moedas e a xícara de porcelana passarão por um processo de conservação em um laboratório dedicado à expedição. Presidência Colombiana/AFP via Getty Images

Acredita-se que o navio contenha 11 milhões de moedas de ouro e prata, esmeraldas e outras cargas preciosas provenientes das colónias controladas pelos espanhóis, que poderão valer milhares de milhões de dólares se alguma vez forem recuperadas. Presidência da República – Colômbia

O navio tem sido alvo de uma batalha legal nos Estados Unidos, Colômbia e Espanha sobre quem detém os direitos sobre o tesouro afundado.

A Colômbia está em litígio de arbitragem com o Sea Search Armada, um grupo de investidores norte-americanos, pelos direitos económicos do San José.

A empresa reivindica US$ 10 bilhões, correspondendo ao que eles presumem valer 50% do tesouro do galeão que afirmam ter descoberto em 1982.

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