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70.000 participam de protestos verdes na Conferência da ONU sobre Alarmismo Climático COP30

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Título: Clima COP30 ID da imagem: 25319440345433 Artigo: Flavio Pinto participa de um protesto climático segurando dinheiro com o rosto do presidente Donald Trump durante a Cúpula do Clima da ONU COP30, sábado, 15 de novembro de 2025, em Belém, Brasil. (Foto AP/Fernando Llano)

Milhares de esquerdistas de diversas organizações internacionais marcharam no domingo pelas ruas da cidade brasileira de Belém, Pará, exigindo “ação climática” enquanto a conferência sobre alarmismo climático COP30 continua.

Participantes do evento – que, de acordo com à agência estatal brasileira Agência Brasil, teve cerca de 70 mil participantes – supostamente exigiu o fim da utilização de combustíveis fósseis e que os “países ricos” financiassem um projecto climático verde de “transição justa”. Os participantes também usaram o local para atacar o presidente Donald Trump pela sua recusa em aderir à agenda climática global, além de uma ladainha de outras exigências esquerdistas internacionais comumente repetidas.

Flavio Pinto participa de um protesto climático segurando dinheiro com o rosto do presidente Donald Trump durante a Cúpula do Clima da ONU COP30, sábado, 15 de novembro de 2025, em Belém, Brasil. (Foto AP/Fernando Llano)

O evento foi organizado em conjunto por “A Cimeira dos Povos” e o COP das Baixadas (“COP das Terras Baixas”), dois grupos de extrema esquerda que realizam contra-eventos paralelos à conferência de alarmismo climático COP30, organizada pelo governo brasileiro em Belém, de 10 a 21 de novembro. Na semana passada, a “Cúpula dos Povos” realizou sua inauguração e encerrou sua agenda com o comício conjunto de sábado.

Durante toda a marcha, os participantes supostamente carregavam caixões para realizar um “funeral dos combustíveis fósseis” simbólico, com diferentes caixões representando petróleo, gás e carvão. A Ministra do Meio Ambiente do Brasil, Marina Silva, e a Ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, participaram da marcha, montadas no veículo principal do comício.

“Depois de outras COPs, onde os protestos sociais só aconteceram dentro dos espaços oficiais da ONU, no Brasil, no Sul Global, numa democracia consolidada, podemos sair às ruas. A COP30 permite que as periferias, as águas, as cidades, os campos e as florestas se unam”, disse Silva. “Lugares que enfrentam alterações climáticas. Apesar dos nossos desafios e contradições, temos de traçar o caminho para uma transição justa e acabar com a nossa dependência dos combustíveis fósseis.”

Legisladores do Partido Socialismo e Liberdade também teriam aderido à marcha esquerdista. UOL relatado que alguns dos participantes adoeceram devido ao calor de 89,6 graus em Belém no domingo. O Brasil, país localizado no Hemisfério Sul, atravessa atualmente a segunda metade da primavera.

“Queremos expressar todas as demandas que surgiram durante a Cúpula dos Povos. Queremos denunciar falsas soluções para as mudanças climáticas, como os fundos de financiamento florestal”, disse Eduardo Giesen, representante de um grupo esquerdista participante. “Pedimos que o petróleo não seja explorado na Amazônia e que os combustíveis fósseis não proliferem em todo o mundo.”

O outlet brasileiro Poder 360 relatado que alguns dos participantes entoaram slogans contra o Presidente Trump, rotulando-o de “Praga Laranja” em críticas à pressão de Trump contra a agenda climática da ONU e a outras políticas implementadas pela sua administração desde o início do segundo mandato de Trump, em Janeiro.

Outros participantes, detalhou o Poder 360, também gritaram “Palestina livre” e carregaram bandeiras palestinas durante todo o comício. Outro grupo manifestou oposição à perspectiva de amnistia para os homens e mulheres condenados pela sua participação nos tumultos de 8 de Janeiro de 2023. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do Brasil, outro dos grupos de esquerda participantes, emitiu apelos por reformas agrárias no país sul-americano.

Ativistas carregam uma enorme bandeira palestina durante o chamado

Ativistas carregam uma enorme bandeira palestina durante a chamada “Grande Marcha Popular” à margem da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas COP30 em Belém, Pará, Brasil, em 15 de novembro de 2025. (MAURO PIMENTEL/AFP via Getty Images)

O Greenpeace, um dos grupos que participou da “Cúpula dos Povos”, informou em comunicado declaração que também esteve presente no comício de sábado.

“Os ativistas transmitiram mensagens exigindo respeito pela Amazônia e para fazer os poluidores pagarem usando um gigantesco projeto de lei sobre poluidores climáticos que mostra perdas e danos projetados atribuídos às principais corporações de petróleo e gás”, disse o Greenpeace.

A agência de notícias espanhola EFE relatado que a Cúpula dos Povos, uma das partes organizadoras da marcha, entregará uma carta ao presidente da COP30 do Brasil, André Corrêa do Lago, com diversas demandas, incluindo o “reconhecimento do conhecimento ancestral indígena sobre questões climáticas e a mitigação das emissões de gases de efeito estufa que causam o aquecimento global”.

Christian K. Caruzo é um escritor venezuelano e documenta a vida sob o socialismo. Você pode segui-lo no Twitter aqui.

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