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O diretor de ‘Wicked: For Good’ Jon M. Chu diz que Ariana Grande e Cynthia Erivo criaram a cena mais emocional por acidente: ‘I Forgot to Call Cut’

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O diretor de 'Wicked: For Good' Jon M. Chu diz que Ariana Grande e Cynthia Erivo criaram a cena mais emocional por acidente: 'I Forgot to Call Cut'

Esta história contém spoilers importantes de “Wicked: For Good”.

Jon M. Chu não tem vergonha disso – a segunda metade de sua adaptação para dois filmes é aquela em que ele derruba paredes. Literalmente.

Uma das sequências mais comentadas do filme – a encenação de “For Good” – não estava roteirizada e quase não existia.

Chu diz que encontrou a forma emocional do momento meses antes das câmeras rodarem. Durante um ensaio inicial, Cynthia Erivo e Ariana Grande começaram a improvisar uma despedida – falando, não cantando – com os braços abraçados em um canto da sala. Quando colocaram as mãos contra uma porta imaginária, Chu disse que “começou a chorar”.

“Foi nos ensaios que descobrimos”, revela Chu. “Cynthia a agarra e diz: ‘Venha aqui’. E eu fico tipo, para onde eles estão indo? E eles vão para esse canto e ela a coloca em uma caixa ou armário.”

Esse ensaio mudou tudo. O diretor admitiu que se esqueceu de cortar enquanto as duas estrelas continuavam comentando a despedida de seus personagens. A autenticidade do momento convenceu Chu a demolir um muro para capturá-lo em filme.

Quando a produção atingiu o número, Chu insistiu que o cenário físico deveria corresponder à verdade emocional. “Tivemos que derrubar aquele muro”, diz ele. “Eles me disseram: ‘Se você derrubar aquela parede, não poderá mais usar o aparelho.’ Mas eu não me importei. Foi o momento. Derrube a maldita parede.”

A sequência de quadro dividido resultante, com Erivo e Grande pressionados contra lados opostos de uma barreira agora destruída, rapidamente se tornou a peça emocional central do filme – e, diz Chu, seu momento favorito em ambos os episódios.

Também levou diretamente ao título. “Foi quando eu soube que o segundo filme deveria se chamar ‘For Good’”.

A cena também exigiu a alteração de uma das diretrizes linguísticas estabelecidas no filme. De acordo com Chu, Oz tem regras linguísticas – aquelas que Stephen Schwartz, que escreveu a partitura original, há muito considerava canônico.

Cynthia Erivo é Elphaba e Ariana Grande é Glinda em “Wicked for Good”.

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“Você não tem permissão para dizer ‘eu te amo’ em Oz”, diz Chu. “Não, Deus, não, ok, não, eu te amo.”

Mas quando Erivo disse a Grande “eu te amo” no set, Chu lutou para manter a linha. “Foi tão humano”, diz ele. “Ele cruzou a fronteira de Oz para o nosso mundo.” Schwartz finalmente concordou.

Se “Wicked” é a ascensão mais leve e cômica, “Wicked: For Good”, diz Chu, é uma descida – uma tragédia mais sombria e mais política.

Chu detalha a transformação de Boq no Homem de Lata, interpretado primorosamente por Ethan Slater, que ele descreve como “o nascimento de um monstro” que vai além da metamorfose física. “Boq é alguém ignorado. Alguém que deseja o reconhecimento de sua existência”, diz Chu.

“Quando ele está fazendo seu discurso diante daquela multidão nos degraus da capital de Oz, e há fogo, e ele está contando suas queixas. Ele muda naquele momento ainda mais do que quando se transformou no homem de lata”, explica Chu.

Em “Wicked: For Good”, Boq está nos degraus do Capitólio, com chamas atrás dele, protestando contra tudo o que perdeu. Slater sugeriu uma das batidas definidoras da transformação: Boq olhando para Glinda, percebendo que não precisa mais dela, depois voltando-se para a multidão barulhenta que valida sua raiva crescente.

“Essa é a transformação completa”, afirma Chu. “É quando ele realmente perde o ânimo. Não quando seu corpo se transforma em estanho, mas quando ele encontra uma comunidade no ódio.”

Fãs de longa data do musical teatral passaram duas décadas debatendo se Glinda sabe que Elphaba está viva no final da história. Chu diz que o filme tem uma resposta, mas não quer confirmá-la.

“Definitivamente tenho uma ideia definitiva na cabeça”, diz ele. “Mas prefiro que todos possam interpretar como quiserem.”

Chu enfatiza que o poder do final reside em ambas as mulheres entrarem no desconhecido – Glinda escolhendo tentar ser Glinda, a Boa, e Elphaba entrando em uma nova vida além das sombras de Oz.

“Nunca foi um conto de fadas contido”, diz ele. “Nasceu da natureza humana crua e algo belo emerge disso.”

Chu está ciente de que o imaginário político – desinformação, comunidades fragmentadas, uma população que escolhe “verdades” com base na crença colectiva em vez de factos – está a ressoar de forma mais acentuada hoje em dia.

Mas ele insiste que não foi um comentário intencional.

“A frase ‘a verdade não é um fato ou uma razão, é apenas aquilo com que todos concordamos’ foi escrita há 20 anos”, diz ele. “Esse é o poder de uma história atemporal. Sempre parece oportuna.”

Ainda assim, ele reconhece que o mundo parece continuar acompanhando os temas do filme. “A cada semana fica mais relevante.”

“Wicked: For Good” já está em exibição nos cinemas.

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