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Mais Mulheres Cineastas e Maior Diversidade nos Programas Primer Corte, Copia Final de Ventana Sur (EXCLUSIVO)

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Mais Mulheres Cineastas e Maior Diversidade nos Programas Primer Corte, Copia Final de Ventana Sur (EXCLUSIVO)

Menos títulos da Argentina, dada a redução radical do apoio federal, abriram caminho para mais diversidade entre as entradas das peças centrais da indústria de Ventana Sur, Copia Final e Primer Corte.

Segundo Pamela Biénzoba, que divide a curadoria com Juan Crespo e Eva Morsch Kihn, este ano participam novas vozes do Caribe, Equador, Uruguai e Peru. “Por exemplo, há um filme de Porto Rico, possivelmente o primeiro em anos – ‘Braided’ (“Trenzadas”) que é altamente aguardado”, disse Biénzoba, consultor, programador e crítico de cinema chileno-francês que é membro do comitê de seleção de filmes do Festival de Cinema de Locarno desde 2021.

A equipe de curadoria também observou diversas propostas de maioridade de cineastas iniciantes e experientes. “Também houve mais projetos de comédia este ano – mais fortes do que o normal, pois às vezes é difícil encontrar comédias verdadeiramente bem executadas”, observou Biénzoba.

“Encontramos alguns projetos e filmes híbridos com narrativas não convencionais, bem como dramas sociais mais tradicionais ou dramas sociais sobre a maioridade”, concordou Morsch Kihn, que também notou mais mulheres cineastas e histórias com temas familiares em todo o quadro.

“É verdade que existe esta diversidade que realmente nos interessa e propostas tanto de realizadores consagrados como de novos, com filmes que têm sido muito aguardados”, afirmou, citando “O Filme do Meu Tio”, de Natalia Cabral, “Desaparecidos”, de Kenya Márquez e o mais recente do colombiano Juan Andrés Arango, “Onde Começa o Rio”.

“Algo que também está se tornando evidente ao longo dos anos de premiações é a alta qualidade da atuação. Isso também é algo que vale a pena destacar, porque há atuações realmente fortes, especialmente de jovens atores”, disse Morsch Kihn, que também é coordenador de programação do Festival Cinelatino em Toulouse e membro do comitê de seleção do Mercado Financiador Venice Gap, entre outras funções.

“Na minha avaliação, priorizei títulos com apelo de gênero, narrativas que promovam ressonância global e projetos adaptáveis ​​a mercados de exploração mais amplos – fatores que apoiam vendas e distribuição em múltiplos territórios”, disse Crespo, fundador da 3C Films, cujos créditos incluem o thriller de ficção científica “5.5.5”, o drama de ação “Reus, la vuelta al barrio”, bem como a série “O Senhor das Baleias” (“El Señor de las Ballenas”).

“O objetivo era posicionar estes filmes em circuitos de festivais e compradores que enfatizassem perfis comercialmente viáveis, permitindo acordos de distribuição mais rápidos e acesso a mercados estabelecidos”, acrescentou, observando que embora os méritos artísticos continuassem a ser uma prioridade, a curadoria visava envolver um público mais amplo sem comprometer a qualidade.

“Trabalhar em equipe com Pamela e Eva foi uma experiência altamente enriquecedora e educativa, pois ambas são profissionais de destaque em suas áreas.”

Um detalhamento da seleção deste ano:

Primeiro corte

“Aguardando Pássaros,” (“Mãe pássaro”, Sofía Quiros, Argentina, Espanha)

A equipe de produção por trás do título “Black Ash” da Semana da Crítica de Cannes de 2019, liderada por Cecilia Salim da Sputnik Films e Mariana Murillo (Murillo Cine), se reúne para esta história de maioridade que acompanha Oliver (8), que fica com sua tia Paloma (26) enquanto sua mãe recebe tratamento na capital. Sua doença obriga Oliver a enfrentar a perda e a se apegar a Paloma, que resiste aos seus instintos maternais. Estrelando Oliver Macluf, Isabella Noorifard, Julio Briceño e Wendy Chinchilla. Apoiado por Ibermedia, El Fauno, Torino Film Lab e Berlinale Talents.

Aguardando Pássaros, Cortesia de Murillo, Sputnik Films

“De costas para Copacabana,” (“Bate e volta Copacabana,” Juliana Antunes, Camila Matos, Brazil)

Um road drama de amadurecimento produzido por Ventura com os coprodutores Globo Filmes e Canal Brasil, acompanha Paulinha, Gabi e Michele em uma viagem de um dia a Copacabana que se transforma em uma noite transformadora pelas rodovias brasileiras. O filme dá continuidade à missão de Ventura de amplificar as vozes femininas e queer no cinema brasileiro, com o apoio do BrLab São Paulo, Cinélatino de Toulouse, LoboLab – Mar del Plata e Brasil CineMundi.

“O Poço do Diabo”, (“Os Poços do Diabo”, Jairo Boisier Olave, Chile)

O drama, produzido pela Cangrejo Films (Chile) com Caviar Films (Argentina), Paideia Filmes (Brasil) e Mat Productions (França), segue Judith, uma jovem de 15 anos que consegue encontrar água subterrânea, enquanto expõe uma rede de roubo ligada a uma poderosa fazenda de abacates – e possivelmente a seu pai. Apoiado pela Cinéfondation – Cannes, BAL-LAB Biarritz e Proyecta Ventana Sur, busca parceiros finais de pós-produção. “Conta uma história urgente de escassez de água e corrupção”, diz o produtor Diego Pino Anguita.

O poço do diabo, cortesia da Cangrejo Films

“A Sociedade do Bom Charme”, (“Waturapankiman”, Marina Herrera, Peru, Bolívia)

Da Desfase Films, China Salka Prods., Mestizo Films e da coprodutora boliviana Empatía Cinema, por trás do sucesso de Toronto “The Condor Daughter”, a comédia segue Alexandra, que herda a loja de adivinhação de seu falecido pai e embarca em uma busca guiada pelo tarô. Estrelado por Luz Marina Asin, Olinda Flores e Enrique Araóz, marca a estreia de Herrera no longa (“Heroínas”, Berlinale Shorts) e busca financiamento de pós-produção. “Uma experiência para desaprender o cinema”, diz Herrera, citando atuação natural, improvisação, planos longos, espaços reais e edição mínima para confundir ficção e documentário.

“Fogos de artifício e magnólias,” (Sandra Reynoso, México)

O produtor executivo de “Amores Perros”, Francisco González Compeán, da Draco Films, produz ao lado de Sebastián Jurado Dada e Ximena Basaguren. O drama segue Vera, uma jovem estrela do futebol dividida entre seus sonhos e os desejos de seu pai. Ela se apaixona por Alan, um hooligan da escola, descobrindo os riscos do amor. O elenco inclui Ximena Lamadrid, Juan Daniel García Treviño, Andrés Almeida e Mónica del Carmen. “Uma nova visão do primeiro amor nas escolas públicas, um cenário familiar, mas raramente retratado no cinema mexicano”, diz Reynoso.

“Onde o rio começa”, (“Onde começa o rio”, Juan Andrés Arango, Colômbia, Canadá, Noruega)

O drama acompanha Yajaira, uma jovem mãe Emberá e Jhon, um membro de uma gangue, enquanto eles fogem de Bogotá em direção ao rio Andágueda em busca de pertencimento. Produzido por Inercia Películas, Midi La Nuit e Satæer, com apoio da FDC, Sørfond, Telefilm e San Sebastian’s Dale Award. Editando o primeiro corte em Montreal e buscando parceiros em financiamento, distribuição e vendas. “O filme reflete sobre a forma como um país procura reinventar o seu sentimento de pertencimento após décadas de guerra”, diz Arango.

Onde o rio começa, cortesia de Inercia Películas

CÓPIA FINAL (CORTE FINAL)

“Trançado,” (“Trenzadas”, Raisa Bonnet, Porto Rico)

Escrito por Bonnet e Lilian T. Mehrel, o drama é estrelado por Mar Cruz Abril, Jonaibett Cruz Manso e Valentina Cruz Vásquez. Produzido por La Nauta, se passa no pós-furacão María Porto Rico e segue uma mãe e suas filhas em busca de um lar em meio à devastação, explorando o impacto humano do desastre climático. Desenvolvido com o Programa ARPA da Puerto Rico Film Commission, participou de EAVE Puentes, MAFIZ, Ventana Sur e Nuevas Miradas. O filme é “ao mesmo tempo um espelho e uma memória – do que significa sobreviver, pertencer e permanecer”, diz Bonnet.

“Pouca Luz,” (“Lusco-Fusco”, Bel Bechara e Sandro Serpa, Brasil)

A produtora Rafaella Costa lidera a coprodução Manjericão Filmes e Macondo Filmes que acompanha Vera e Alda, vizinhas e colegas de trabalho cuja ligação se aprofunda através da neta de Alda, Joana. À medida que ambas as mulheres enfrentam relacionamentos abusivos, a sua amizade torna-se um espaço de resiliência. Financiado pela Lei Paulo Gustavo, o filme participou do Cinéma en Construction – São Paulo/Toulouse, Cinemundi – WIP (Prêmio Mistika). “A superação da violência contra as mulheres não é apenas uma jornada individual e catártica, mas também coletiva”, afirma Bechara.

Low Light, Courtesy of Manjericão Filmes and Macondo Filmes

“Ausente,” (“Procurado”, Kenya Márquez, México)

Produzido por Puerco Rosa Producciones e Rubicon Productions, liderado pelos escribas Kenya Márquez, Jacobo Nazar e Janeth Mora. O drama é estrelado por Rocío Guzmán, Camila Calónico, Eileen Yáñez, Fabián Corres, Ishbel Bautista e Tamara Vallarta. René, um adolescente rebelde, foge de seus pais sofredores em uma viagem de 1.900 quilômetros até Juárez, no México, descobrindo revelações pessoais. Desenvolvido com apoio do Sistema Nacional de Criadores de Arte, financiado pela EFICINE e Focine Pós-produção, o filme explora “a maternidade, o amor e os laços familiares a partir de uma perspectiva feminina”, diz Márquez.

“O filme do meu tio” (“O filme do meu tio”, Natalia Cabral, República Dominicana)

Escrita por Natalia Cabral e Oriol Estrada, a comédia dramática é estrelada por Maia Otero, Steven Bauer (“Breaking Bad”) e Félix Germán “O Projecionista”). Segue Julia, uma jovem cinéfila dominicana que dirige o fracassado filme de ação de seu tio para garantir financiamento, navegando em conflitos familiares e descobrindo sua própria voz. Participou do Cinelátino Toulouse, Panamá Film Match, Bal-Lab Biarritz; apoiado pela Ibermedia e pela Dominican Film Law. Produzido pela Lantica Studios, Faula Films e Casa Latina Films, com os produtores Jordi Gassó, Natalia Cabral e Gregorio Rodríguez.

O filme do meu tio, cortesia da Lantica Studios

“Ela guardou o coração na geladeira,” (“Ela Foi Ali Guardar o Coração na Geladeira,” Cristiane Oliveira and Gustavo Galvão, Brazil)

Drama produzido pela Crisol Filmes de Cristiane Oliveira com 400 Filmes acompanha Luiza, que recebe vídeos de um estranho no Uruguai revelando uma chocante verdade familiar. Elenco liderado por Verónica Perrotta e Maria Galant. Apoiado pela Lei Paulo Gustavo, Cinéma en Construction Toulouse-São Paulo e Mostra WIP, conta com trilha original de Lee Ranaldo, do Sonic Youth. “Este é o primeiro filme produzido pela minha empresa, um processo natural que partiu de uma estrutura narrativa específica”, afirma Oliveira.

Ela guardou o coração na geladeira, cortesia da 400 Filmes

“As mortes passageiras”, (“As mortes passageiras”, Agustín Banchero, Uruguai, Brasil, Alemanha)

Produzido pela Tarkiofilm de Juan Alvarez em coprodução com Arissas (Brasil) e Plotless (Alemanha), com os produtores Virginia Bogliolo, Clarissa Guarilha e Tom Schriber, o drama acompanha Felipe, dominado pelo medo da paternidade iminente, enquanto ele foge para uma jornada cheia de fantasia. Escrito por Agustín Banchero, o filme conta com o apoio da ACAU, Ancine, Ibermedia, Montevideo Socio Audiovisual e Hessen Fund, e participou do Marché du Film, Foro de San Sebastián e BRIFF, destacando seu forte perfil comercial internacional.

As mortes passageiras, cortesia de Tarkiofilm

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