“The Copenhagen Test” é um thriller de espionagem que gira em torno de lealdade, vingança e integridade. A série Peacock segue Alexander Hale (Simu Liu), um analista de inteligência do The Orphanage, uma organização que atua como vigia das comunidades de inteligência dos Estados Unidos. Fundado pelo clandestino St. George (Kathleen Chalfant) e com Peter Moira (Brian d’Arcy James) no comando, o Orfanato nunca foi comprometido. Quando Alexander é promovido para trabalho de campo, porém, as coisas tomam um rumo chocante e perigoso. “O Teste de Copenhague” tem um grande potencial, mas seu enredo excessivamente complicado, repleto de personagens demais, não leva a lugar nenhum.
Três anos depois de sua última missão em campo como soldado das forças especiais, Alexander se sente atrofiado em sua função atual no Orfanato. Embora sua vida pessoal esteja melhorando – ele recentemente começou a namorar uma mulher chamada Michelle (Melissa Barrera) – sua carreira ficou obsoleta. Desiludido com sua posição como analista, Alexander faz uma entrevista para um papel mais amplo em uma operação recém-formada, colocando ele e seu rival de trabalho, Edmond Cobb (Mark O’Brien), em competição.
Mas Alexander não é exatamente honesto sobre sua saúde: ele sofre secretamente de enxaquecas e ataques de pânico, atenuados apenas pelos comprimidos que sua ex-noiva, Dra. Rachel Kasperian (Hannah Cruz), lhe dá secretamente. Além do mais, os últimos três ativos que ele foi designado para rastrear foram expostos, o que levou a uma revisão de todos os analistas da organização.
Ainda assim, seguindo a orientação de seu mentor, Victor Simonek (Saul Rubine), Alexander consegue a promoção. Na sequência disso, ele descobre que seu cérebro foi hackeado durante meses, daí as dores de cabeça: uma nova tecnologia deu ao hacker acesso sem precedentes a tudo o que ele vê e ouve. Horrorizado com a possibilidade de ser visto como desleal, ele conta tudo a Moira, que, junto com St. George, decide usar esse conhecimento a seu favor e denunciar o perpetrador. A dupla recruta Samantha Parker (Sinclair Daniel) para atuar como manipuladora de Alexander, documentando e antecipando todos os seus estados de espírito.
Apesar da premissa intrigante, “The Copenhagen Test” nunca cumpre a sua promessa. O que deveria ser um thriller emocionante centrado em tecnologia nova e desconhecida e em lealdades questionáveis degenera em uma bagunça confusa. A primeira temporada de oito episódios é tão sobrecarregada que o público provavelmente não conseguirá acompanhar todos os fios, que mal se juntam no final. Do extenso elenco de personagens às várias missões e cronogramas, há muito o que percorrer. Formar uma conexão genuína com Alexander, ou sentir simpatia por ele, é um exagero porque o personagem permanece rígido, nunca totalmente realizado. Além disso, quando o vilão e suas motivações são finalmente revelados, a descoberta não parece nem reveladora nem significativa.
“The Copenhagen Test” apresenta muitos pontos de trama atraentes. Além de descobrir quem hackeou Alexander e porquê, há também a história do orfanato anteriormente “inquebrável”, bem como comentários sobre xenofobia, racismo e cidadania por nascimento e a questão de quem tem “permissão” de ser um americano autêntico. No entanto, como o criador Thomas e sua sala de roteiristas levam os espectadores a uma missão tão monótona e difícil de manejar, o programa perde impulso e interesse à medida que avança até o clímax.
No final das contas, o show Peacock pode ter um elenco estelar e um conceito sólido, mas a execução fracassa. O ritmo é longo demais, removendo grande parte da tensão e da excitação que tornam os thrillers tão fascinantes de assistir. Uma contagem mais restrita de episódios e um cronograma simplificado provavelmente teriam melhorado a estrutura da série. Porém, em meio a tantas outras programações do gênero thriller, “The Copenhagen Test” não é inteligente o suficiente para se destacar.
Todos os oito episódios de “The Copenhagen Test” estreiam em 27 de dezembro no Peacock.



