A guarda costeira grega afirma que dois sobreviventes em estado crítico foram hospitalizados.
Publicado em 7 de dezembro de 2025
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Os corpos de pelo menos 17 migrantes e requerentes de asilo foram encontrados num barco parcialmente vazio ao largo da ilha grega de Creta, segundo a guarda costeira do país.
As vítimas, bem como dois sobreviventes, foram descobertos no sábado, cerca de 26 milhas náuticas (48 km) a sudoeste de Creta.
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Uma porta-voz da guarda costeira grega disse à agência de notícias AFP que todas as vítimas eram homens.
“Dois sobreviventes em estado crítico foram hospitalizados”, acrescentou a porta-voz. “Autópsias devem ser realizadas porque as circunstâncias do naufrágio não são conhecidas.”
A Agência de Notícias de Atenas informou que o barco foi avistado por um cargueiro turco, que alertou as autoridades. A guarda costeira grega levou duas embarcações para o local, enquanto a agência fronteiriça da União Europeia, Frontex, enviou um barco, uma aeronave e um helicóptero Super Puma para ajudar no esforço de resgate.
A guarda costeira disse que os dois sobreviventes afirmaram que o seu navio ficou instável devido ao mau tempo e que não tinham como se cobrir, nem comer ou beber nada.
O barco também estava entrando na água quando foi descoberto.
Manolis Frangoulis, prefeito do porto cretense de Ierapetra, disse aos repórteres que todas as vítimas eram jovens.
“A embarcação em que se encontravam os migrantes estava esvaziada em dois lados, o que obrigou os passageiros a um espaço reduzido”, acrescentou.
Os legistas estão a analisar a possibilidade de os migrantes terem morrido de desidratação, informou o canal de televisão estatal grego ERT.
Ao longo do último ano, migrantes e requerentes de asilo voltaram a sua atenção para a ilha grega de Creta, no leste do Mar Mediterrâneo, como forma de chegar ao território da UE a partir da Líbia, no Norte de África.
De acordo com a agência das Nações Unidas para os refugiados, o ACNUR, mais de 16.770 pessoas que procuram asilo na UE chegaram lá desde o início do ano.
Em Julho, o governo conservador da Grécia, liderado pelo primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis, suspendeu as audiências de asilo para migrantes, visando particularmente aqueles que chegavam a Creta vindos da Líbia.
A Líbia tem sido assolada por conflitos desde a derrubada e morte do governante de longa data, Muammar Gaddafi, em 2011, numa revolta apoiada pela NATO.



