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Sete guarda-costas presos pelo assassinato de prefeito do México

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Sete guarda-costas presos pelo assassinato de prefeito do México

O assassinato de Carlos Manzo causou choque e indignação generalizados, provocando protestos antigovernamentais.

Publicado em 22 de novembro de 2025

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Sete membros da equipe de segurança do prefeito mexicano Carlos Manzo foram presos como suspeitos de seu assassinato, segundo a promotoria.

O Ministério Público informou esta sexta-feira que os guardas, que eram polícias da ativa, foram detidos no âmbito de uma investigação sobre o seu “provável envolvimento no crime de homicídio qualificado” do político.

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O prefeito de Uruapan foi morto na frente de sua família em 1º de novembro, em plena luz do dia. O suposto autor era um menino de 17 anos que foi morto pelos guardas do político. As autoridades locais e federais disseram que o crime organizado provavelmente esteve por trás do assassinato.

O assassinato de Manzo durante um evento na cidade que marcou o Dia dos Mortos causou choque e indignação generalizados em todo o país.

Deu início a protestos antigovernamentais e levou ao reforço das forças federais em Michoacán, um estado no oeste do México.

Manzo, 40 anos, ganhou popularidade como cruzado contra o crime organizado no conturbado estado.

Ele serviu como prefeito de Uruapan por pouco mais de um ano e fez campanha para combater os notórios e poderosos cartéis de drogas do México.

Até serem presos, os sete guardas permaneceram ativos, com a tarefa de proteger a viúva de Manzo, Grecia Quiroz, que foi nomeada pelo Congresso estadual para substituí-lo como prefeita de Uruapan, disseram autoridades.

Suposto ‘mentor’ preso

Na quarta-feira, as autoridades federais anunciaram a prisão de Jorge Armando “N”, também conhecido como “El Licenciado”, nomeando-o “como um dos mentores” do assassinato de Manzo.

A Secretaria de Segurança federal disse que El Licenciado é o líder de uma célula criminosa não identificada que, segundo a mídia local, se acredita ser o poderoso Cartel da Nova Geração de Jalisco.

Na sexta-feira, a mídia local divulgou imagens de uma operação ao meio-dia em Uruapan realizada por agentes da promotoria local, apoiados por militares e guardas federais, para prender os guarda-costas.

O breve relatório do Ministério Público, partilhado nas redes sociais, acrescenta que os detidos eram “funcionários públicos” e foram transferidos para uma prisão para serem apresentados a um juiz.

Desde então, as autoridades indicaram que os membros da equipe de segurança de Manzo eram policiais municipais.

No sábado passado, os mexicanos marcharam na capital do país, Cidade do México, num enorme protesto da Geração Z para denunciar o assassinato de Manzo. Mais de 100 pessoas ficaram feridas em confrontos entre manifestantes e a polícia e 19 foram presas.

O assassinato do presidente da Câmara aumentou a pressão sobre a Presidente Claudia Sheinbaum para reiniciar a sua estratégia de segurança. Desde então, ela anunciou o Plano Michoacan, que, embora pesado em gastos com programas sociais, também incluía o envio de 10.000 soldados por todo o estado, numa tentativa de arrancar o controlo às várias organizações criminosas que ali operam.

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