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Protesto no México inspirado pelo movimento da Geração Z atrai críticos mais antigos do governo

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Protesto no México inspirado pelo movimento da Geração Z atrai críticos mais antigos do governo

No início da semana, alguns influenciadores das redes sociais da Geração Z disseram que já não apoiavam os protestos, enquanto figuras importantes como o ex-presidente Vicente Fox publicaram mensagens de apoio.

Milhares de pessoas na Cidade do México participaram em protestos contra o aumento da criminalidade, da corrupção e da impunidade, que, embora organizados por membros da Geração Z, acabaram por ser na sua maioria apoiados e assistidos por apoiantes mais antigos dos partidos da oposição.

A marcha de sábado contou com a presença de pessoas de diversas faixas etárias, com apoiadores do recentemente assassinado prefeito de Michoacan, Carlos Manzo, presentes no protesto usando chapéus de palha que simbolizam seu movimento político.

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No início da semana, alguns influenciadores das redes sociais da Geração Z disseram que já não apoiavam os protestos de sábado, enquanto figuras importantes como o ex-presidente Vicente Fox e o bilionário mexicano Ricardo Salinas Pliego publicaram mensagens em apoio aos protestos.

A presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, também acusou os partidos de direita de tentarem se infiltrar no movimento da Geração Z e de usar bots nas redes sociais para tentar aumentar a participação.

Este ano, em vários países asiáticos e africanos, membros do grupo demográfico da Geração Z organizaram protestos contra a desigualdade, o retrocesso democrático e a corrupção.

Os maiores protestos da Geração Z ocorreram no Nepal em setembro, após a proibição das redes sociais, e levaram à renúncia do ex-primeiro-ministro KP Sharma Oli.

Madagáscar também assistiu a grandes protestos nesse mesmo mês, inicialmente motivados por graves e prolongadas carências de água e electricidade que expuseram falhas governamentais e corrupção mais amplas. As semanas de agitação levaram à dissolução do governo, forçando o presidente Andry Rajoelina a fugir do país no mês passado e à mudança de regime.

Os protestos de sábado rapidamente se tornaram violentos, à medida que “os manifestantes acusam o governo federal de repressão”, informou o meio de comunicação mexicano El Universal.

As forças de segurança dispararam gás lacrimogêneo e atiraram pedras contra os manifestantes quando eles entraram no perímetro do Palácio Nacional, localizado na praça principal da cidade, Zócalo, informou o El Universal.

“Com seus escudos e pedras, eles (forças de segurança) agrediram fisicamente os jovens que se manifestavam em… Zócalo, que acabaram feridos e assistidos por médicos que também marchavam e por pessoal do ERUM (Esquadrão de Resgate de Emergência e Emergências Médicas)”, disse El Universal.

Os agentes da polícia, depois de “perseguirem e espancar os manifestantes na praça Zócalo” durante alguns minutos, “forçaram as pessoas a abandonar a área e dispersaram os últimos manifestantes restantes”, acrescentou.

No México, muitos jovens dizem estar frustrados com problemas sistémicos como a corrupção e a impunidade para crimes violentos.

“Precisamos de mais segurança”, disse Andres Massa, um consultor empresarial de 29 anos, que carregava a bandeira da caveira pirata que se tornou um símbolo global dos protestos da Geração Z, à agência de notícias Associated Press.

Claudia Cruz, uma médica de 43 anos que se juntou aos protestos, disse que estava a marchar por mais financiamento para o sistema público de saúde e por melhor segurança porque os médicos “também estão expostos à insegurança que assola o país, onde você pode ser assassinado e nada acontece”.

O Presidente Sheinbaum ainda tem altos índices de aprovação, apesar de uma recente onda de assassinatos de alto perfil, incluindo o de Manzo.

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