BRENTWOOD – O departamento de polícia da cidade reconheceu publicamente pela primeira vez que uma mulher de 72 anos morreu após ficar inconsciente na traseira de um carro patrulha há seis semanas.
Um comunicado, emitido pelo departamento de polícia de Brentwood na terça-feira, foi divulgado um dia depois de vários meios de comunicação divulgarem a morte, em 3 de outubro, de Yolanda Ramirez, de 72 anos, cuja família alegou ter sido ferida quando um policial bateu sua cabeça em um veículo patrulha enquanto a prendia sob suspeita de contravenção, uma semana antes de sua morte. O comunicado diz que a polícia imediatamente pediu apoio médico quando um policial percebeu que Ramirez “parecia estar tendo um problema médico” na traseira do carro, e que “nossos pensamentos permanecem com a família Ramirez durante este momento difícil”.
“Embora não possamos comentar mais sobre uma investigação ativa ou reclamação pendente, queremos assegurar ao público que o Departamento de Polícia de Brentwood está empenhado em tratar todos os indivíduos com dignidade e respeito em todas as chamadas a que respondem, e em seguir os procedimentos estabelecidos concebidos para garantir transparência e responsabilização”, diz o comunicado, referindo-se a uma reclamação legal – um precursor de uma ação judicial – apresentada na segunda-feira pela família de Ramirez.
A ação legal alega que o departamento omitiu detalhes importantes sobre a prisão de Ramirez em 26 de setembro e a morte em 3 de outubro, e que o advogado da família contratou um investigador particular que entrevistou testemunhas oculares. A polícia afirma que Ramirez “foi colocado sob prisão cidadã a pedido de um membro da família” durante uma “disputa familiar” e que a mulher de “aproximadamente 70” anos “tentou fugir do local”.
A ação legal diz que a polícia foi chamada porque alguém viu Ramirez gritando na janela da casa de seu irmão, no quarteirão 100 da Broderick Drive, em Brentwood, porque ele não atendeu a porta quando ela chegou para levá-lo a uma consulta médica.
Ramirez foi hospitalizada no dia de sua prisão. A sua morte levou a Procuradoria Distrital de Contra Costa a lançar a sua própria investigação, o que é feito para todas as mortes relacionadas com a aplicação da lei em Contra Costa, independentemente de a polícia ter causado a morte ou não. Uma fonte policial disse que o gabinete do promotor foi informado de que Ramirez sofreu um derrame e estava sendo preso sob suspeita de perturbar a paz.
A polícia de Brentwood não informou o público sobre a morte de Ramirez, nem a reconheceu publicamente até que esta organização de notícias a reportasse. A polícia não é legalmente obrigada a anunciar tais incidentes, mas a omissão é anormal para Contra Costa, onde todas as mortes relacionadas com a polícia estão sujeitas a investigações de terceiros por uma questão de protocolo.
Seis mortes anteriores relacionadas com a polícia neste ano foram todas anunciadas pelos departamentos envolvidos em Contra Costa. No geral, nenhuma agência policial no condado deixou de anunciar publicamente uma morte envolvida na aplicação da lei desde a morte de Angelo Quinto em Antioquia, em 2020, um incidente que acabou custando à cidade um acordo judicial de US$ 7,5 milhões.



